sábado, 28 de abril de 2012

Mãe do bebê que morreu em carro poderá ir a júri popular, se acusada
Grávida, ela se diz inocente após deixar o filho de um ano fechado durante 4 horas dentro do carro.

A mãe do bebê de um ano que morreu depois de ficar por quatro horas fechado dentro de um carro, Andressa Prado de Oliveira, poderá enfrentar um júri popular caso venha a ser acusada pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar. Presa na Casa de Prisão Provisória (CPP), a suspeita continua alegando inocência.

A titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Myrian Vidal, afirmou ao G1 nesta segunda-feira (2) que, além do homicídio doloso, a suspeita também foi indiciada por duas tentativas de homício contra o filho, que teriam ocorrido no mês de dezembro de 2011. O relatório final do inquérito foi apresentado na sexta-feira (30) ao Poder Judiciário, que possivelmente o repassará a 4ª vara de crimes dolosos contra a vida de Aparecida de Goiânia, cidade em que ocorreu o fato.
Na quinta-feira (28), Andressa começou a ser representada pelo advogado José Patrício Júnior. O defensor disse que ainda não teve acesso ao relatório final do inquérito, mas reafirmou que a cliente alega inocência. "Peguei o procedimento já em andamento. Ainda não foi possível ver o que foi feito até agora, mas ela diz que é inocente, que deixou o filho para brincar, como de costume. Temos de esperar o IML", diz José Patrício. O defensor afirmou que Andressa está muito abalada. "Muito mais (doloroso) do que a prisão, é a pena de ter perdido o filho", observa. Segundo José Patrício, a jovem, grávida de cinco meses, está recebendo tratamento ambulatorial e acompanhamento psicológico. "Ela está depressiva", comenta.
A morte do menino aconteceu na última terça-feira (27), em Aparecida de Goiânia. Ainda na sexta-feria, a indiciada foi transferida da DPCA para a Casa de Prisão Provisória (CPP). A mãe da criança, Andressa do Prado Oliveira, de 26 anos, é apontada pela polícia como suspeita. Ela teria deixado o filho de um ano de idade sozinho dentro do carro com os vidros fechados, no Setor Santa Luzia. O bebê foi encontrado morto quatro horas depois pelo namorado da jovem. Ela se defende afirmando que por causa da gravidez tomou remédio para enjoo e dormiu.

Namorado
Myrian Vidal afirmou que até esta segunda-feira, o namorado da suspeita não foi responsabilizado pela morte do bebê, mas que isso poderá mudar a partir da apresentação dos laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML). " Acredito que a criança não tenha morrido na posição em que teria sido encontrada (deitada no banco do carro). Não vejo uma criança de um ano enfrentando a morte com essa passividade", observa.
Se a hipótese da delegada for confirmada, o companheiro de Andressa será ouvido novamente. "Ele vai responder por falso testemunho", conclui Myrian.
Advogada diz ter sido agredida por juiz durante audiência em MG
Magistrado negou acusações e afirmou que ela o ofendeu.Sessão foi interrompida no fórum de Montes Claros, após confusão



Uma advogada diz ter sido agredida por um juiz durante uma audiência na 5ª Vara Cível do Fórum de Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, nesta quarta-feira (21).
De acordo com a advogada Liege Rocha, ela foi expulsa da sessão após o juiz ter dado um murro na mesa. Em seguida, ela afirma que tentou retornar porque seu cliente havia ficado na audiência. Segundo ela, quando bateu na porta, o magistrado a agrediu.O juiz Danilo Campos negou a acusação e afirmou que chamou a polícia porque a advogada teria o ofendido. A sessão foi interrompida após a confusão. De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não é a primeira reclamação contra o magistrado.“Ele bateu muito forte na mesa, deu um murro, pegou o processo e pá. Aí eu falei, doutor, agora eu acho que não tem mais condição. Estou requerendo a suspensão do senhor aqui dentro dessa audiência. Eu vou procurar o presidente do fórum e vou procurar também a OAB. Eu e meu cliente vamos nos retirar da sala", disse a advogada.Ainda segundo ela, o juiz teria a expulsado da sessão e afirmado que o cliente teria que permanecer no local. Quando retornou, Liege disse que foi agredida. "Ele saiu de trás da mesa, veio empurrou a porta e não contente com isso, ele veio ainda e meteu um murro em mim”, afirmou indignada.


Segundo Campos, ele sofre perseguição de alguns advogados da cidade. “Eu sou sistematicamente atacado por este escritório nos processos, inclusive, levantando, supondo que eu seja homossexual e eu não tenho direito a nada porque eu já representei dezenas de vezes a OAB”, defendeu-se o magistrado.Algumas pessoas que participavam de outra audiência de cobrança são testemunhas da agressão. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Montes Claros, Álvaro Matos, informou que vai entrar com uma representação contra o juiz.“A agressão foi a primeira vez, mas nós já temos várias reclamações do procedimento da conduta em audiência desse juiz. Esse caso será levado ao Tribunal de Justiça e ao Conselho Nacional de Justiça. E a OAB também estará do lado do cidadão, da sociedade exigindo que o juiz se adeque ao modo com que um juiz, com que um julgador deve se posicionar frente aos processos, frente à sociedade”, relatou Matos.De acordo com a Associação dos Magistrados Mineiros, Danilo Campos não é membro da entidade e, por isso, não comentou sobre o caso.
Galoucura.Membros da organizada do Atlético vão responder pelo assassinato de cruzeirense na Savassi
Morte de torcedor leva 7 a júri
Além do homicídio, réus serão julgados por formação de quadrilha

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu levar a júri popular sete dos 12 integrantes da maior torcida organizada do Atlético, a Galoucura, que foram denunciados pela morte de um torcedor do Cruzeiro em novembro de 2010. O juiz do 2º Tribunal do Júri, Maurício Torres Soares, também manteve a prisão preventiva dos sete acusados.

Cinco deles estão detidos no presídio de São Joaquim de Bicas, na região metropolitana, e os outros dois estão foragidos. Outros cinco acusados irão responder pelo crime de formação de quadrilha e aguardarão julgamento em liberdade.

No dia 27 de novembro de 2010, o torcedor cruzeirense Otávio Fernandes foi espancado até a morte por torcedores rivais, com chutes, socos e golpes de ferro. O assassinato ocorreu em frente a um shopping na Savassi, a poucos metros de uma casa de shows, na avenida Nossa Senhora do Carmo, onde acontecia um evento de luta livre. A confusão teria começado no local, onde havia integrantes de ambas as torcidas.
Parte dos acusados levados a júri popular vai responder por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha, com pena de até 53 anos. Entre os arrolados estão o presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, e o tesoureiro Cláudio Henrique Souza Araújo, o Macalé.

João Paulo Celestino de Souza, o Grilo, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, irão responder por homicídio qualificado e formação de quadrilha, com pena de até 23 anos. Para o responsável pela acusação, o promotor Francisco Santiago, a decisão do TJMG é um passo importante para a condenação dos acusados.

O advogado da família da vítima, Ângelo Carbone, também confia na condenação. "Não é justo que ninguém fique impune diante de uma barbaridade como essa. A decisão de ir para júri popular já era esperada e esse é apenas só mais um passo", afirmou.

Sem provas. Já o advogado dos réus, Dino Miraglia Filho, afirma que faltam provas suficientes para a condenação de seus clientes. "Ninguém ainda deu a certeza de nada. Na fase atual, existindo dúvidas, a denúncia é a favor da sociedade. No julgamento, existindo dúvida, a decisão será a favor do réu", disse. Miraglia não pretende entrar com recurso, segundo ele, "para não atrasar o julgamento". Não há data para a realização do júri.